Futebol feminino: a luta das mulheres na busca pelo sucesso!
Hoje vamos falar sobre luta, superação e glória. Ou melhor: futebol feminino. Você vai conhecer mais sobre a trajetória deste esporte e das mulheres nele, e vai se surpreender com histórias inspiradoras. Segue com a gente!
Panorama geral
O futebol como conhecemos, de fato já não é mais o mesmo de anos atrás, não só pelo avanço tecnológico do esporte e pela mudança de mentalidade dos atletas, mas também pela, nada mais do que justa, inclusão que o tem cercado. Principalmente relacionada às mulheres.
O futebol feminino tem ganhado cada vez mais evidência nos últimos anos, e não é por acaso. Com talento, determinação e uma luta incansável por igualdade, as mulheres têm mostrado o seu poder nesse esporte que, em um passado nem tão distante, era predominantemente masculino.
O começo do futebol feminino
O futebol feminino começou no final do século XIX e início do século XX, quando as mulheres começaram a participar de partidas informais e não oficiais. Porém, o crescimento e a aceitação do futebol feminino como um esporte organizado enfrentaram muitos desafios ao longo dos anos.
Uma das primeiras partidas femininas registradas aconteceu em 1895 na Inglaterra, tendo cerca de cerca de 10 mil pessoas assistindo. No entanto, as restrições sociais e culturais da época limitavam muito a participação das mulheres no esporte.
Foi só depois da Primeira Guerra Mundial que o futebol feminino começou a ganhar mais visibilidade, muito por conta da presença dos homens nos serviços militares da época. Com muitos deles servindo, as mulheres passaram a assumir papéis maiores na sociedade, inclusive no esporte.
Em 1920 veio o resultado: um aumento no interesse pelo futebol feminino na Inglaterra, começando pelo jogo de uma equipe chamada ‘’Dick’’, que alcançou 53 mil torcedores no estádio Goodison Park.
Proibição
Como nem tudo é fácil, a popularidade do futebol feminino sofreu um contratempo. Em 1921, a Associação Inglesa de Futebol (FA) proibiu oficialmente as mulheres de jogarem em campos afiliados à associação.
A FA alegou que o esporte era "inadequado para o caráter feminino" e que poderia causar danos à saúde das mulheres. Por lá, essa proibição permaneceu em vigor por mais de 50 anos.
Além da Inglaterra, esse movimento também aconteceu em outros países, como na França e no Brasil, neste último, durante o Regime Vargas, por meio do decreto de lei que em 1941 barrou o direito das mulheres de praticar esportes, entre eles o futebol.
A justificativa do presidente Getúlio Vargas era parecida com a da Associação Inglesa. Para ele, alguns esportes eram “incompatíveis com a natureza feminina”.
A luta durante a proibição
Apesar desses problemas, o futebol feminino, resistente como sempre foi, continuou a acontecer em outras partes do mundo, especialmente nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial.
A ideia foi formar equipes femininas para usar como uma forma de entretenimento para os soldados. Essas equipes atraíram grandes multidões e ajudaram a reforçar e a popularizar ainda mais o esporte entre as mulheres.
Recuperação do futebol feminino
Foi só na década de 70 que o futebol feminino começou a se recuperar na Inglaterra, com a revogação da proibição da FA, o que permitiu que as mulheres jogassem em campos afiliados à associação. Assim, foram criadas ligas e torneios amadores.
Já no Brasil, o decreto que havia sido mantido durante a Ditadura Militar, só foi revogado em 1979, 40 anos depois da proibição.
Os primeiros torneios de futebol feminino
Antes da estreia da Copa do Mundo Feminina que conhecemos hoje pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), a Federação de Futebol Feminino Europeu Independente (FIEFF) promoveu uma versão não oficial da competição.
O torneio aconteceu em 1970, na Itália, contando com sete países participantes e é considerado como a primeira Copa extraoficial do futebol feminino. Ela foi patrocinada pela empresa de bebidas Martini e Rossi.
No ano seguinte, em 1971, os patrocinadores realizaram uma segunda edição da competição, desta vez contando com sete participantes e acontecendo no México. O torneio teve um público de cerca de 10 mil pessoas.
A primeira Copa do Mundo Feminina oficial
A primeira edição da Copa do Mundo Feminina foi realizada pela Fifa e aconteceu em 1991, também na China, contando com 12 equipes participantes. Na ocasião, os Estados Unidos foram os ganhadores, vencendo a Noruega por 2x1.
Nesta primeira edição, os jogos tinham a duração de 80 minutos e não de 90, como hoje em dia. Isso se devia ao fato de acreditarem que as mulheres teriam um desgaste maior em jogos de 90 minutos. O tempo de duração só aumentaria na edição seguinte, de 1995, realizada na Suécia.
O impacto positivo da Olimpíada de 1996
Em 1996 aconteceu, em Atlanta, nos Estados Unidos, os jogos olímpicos, ou, como todo mundo conhece: Olimpíadas. Além de diversas modalidades, ela contou com o futebol feminino como uma das atrações.
O resultado foi tão positivo que os Estados Unidos, sede dessa Olimpíada, também foi escolhido para sediar a Copa do Mundo Feminina seguinte, que seria disputada no ano de 1999.
E não parou por aí, pois, depois da participação do futebol feminino nos jogos olímpicos, o interesse do público por jogos femininos aumentou nos EUA, a ponto de, na copa de 1999, ter 37 mil pessoas nos jogos.
Na final do torneio, o número foi ainda maior: 90 mil pessoas acompanharam mais um título das americanas, dessa vez derrotando a China.
Seleção Brasileira nas copas
Você deve estar se perguntando: e a Seleção Brasileira de Futebol Feminino? Bom, ela é figurinha mais do que carimbada, tendo participado de todas as edições da Copa do Mundo Feminina até aqui.
Melhores desempenhos das brazucas
Na copa de 1999 a seleção brasileira teve seu melhor desempenho até então, ficando com um inédito terceiro lugar, o que foi uma vitória e tanto para um futebol de muita luta e resistência, e que começava a demonstrar seu talento para o mundo.
Em 2007, as craques brasileiras, guiadas por Marta, Formiga e Cristiane, chegaram ainda mais longe: um segundo lugar, batendo na trave para a conquista do título, porém, mais um passo gigante dado em relação à história da modalidade.
Uma Copa inovadora
A Copa do Mundo de 2023 pode ser considerada um marco para a história do futebol feminino. Foi a primeira vez que uma Copa do Mundo Feminina foi realizada em dois países: Austrália e Nova Zelândia.
Além disso, a edição teve 32 seleções, o maior número de equipes em uma edição de Copa do Mundo Feminina. Todos os continentes estiveram representados na competição: Europa, Ásia, África, América do Sul, Oceania e América do Norte.
Todas as vencedoras das copas
Veja a tabela com os vencedores e os países-sede de cada edição.
1º lugar |
2º lugar |
País sede |
|
1991 |
Estados Unidos |
Noruega |
China |
1995 |
Noruega |
Alemanha |
Suécia |
1999 |
Estados Unidos |
China |
Estados Unidos |
2003 |
Alemanha |
Suécia |
Estados Unidos |
2007 |
Alemanha |
Brasil |
China |
2011 |
Japão |
Estados Unidos |
Alemanha |
2015 |
Estados Unidos |
Japão |
Canadá |
2019 |
Estados Unidos |
Países Baixos |
França |
2023 |
Espanha |
Inglaterra |
Austrália e Nova Zelândia |
Melhores jogadoras da história do futebol feminino
Ao longo de toda sua história, o futebol feminino já vivenciou diversas craques. Dá só uma olhada nas melhores jogadoras da história.
Alexia Putellas
Alexia é espanhola, tem 30 anos e já foi eleita duas vezes melhor do mundo, segundo a FIFA (2021 e 2022). A jogadora é meia-atacante, capitã do Barcelona e titular da seleção espanhola.
Megan Rapinoe
Recém aposentada do futebol, Megan é americana, tem 38 anos e já foi duas vezes campeã do mundo com a Seleção dos Estados Unidos, em 2015 e 2019. Também foi eleita melhor do mundo em 2019.
Além disso, também se tornou uma figura marcante na luta pela igualdade salarial entre times femininos e masculinos nos EUA.
Birgit Prinz
Considerada a melhor jogadora da história da Alemanha, Prinz conquistou tudo: três medalhas olímpicas de bronze (2000, 2004 e 2008), duas Copas do Mundo (2003 e 2007) e ainda três vezes eleita melhor jogadora do mundo (2003, 2004 e 2005).
Mia Hamm
Tendo sido duas vezes melhor do mundo (2001 e 2002), Mia Hamm, que hoje tem 51 anos, é uma das melhores jogadoras da história da Seleção Americana, tendo feito incríveis 158 gols em 275 partidas.
Formiga
Uma lenda no futebol, a brasileira Formiga participou simplesmente de sete copas do mundo, sendo a única atleta, incluindo homens e mulheres, a possuir tal feito. Dentro de campo, foi incansável, além da qualidade que sempre mostrou, atuou até os 44 anos.
Marta
Essa dispensa comentários. Conhecida como rainha do futebol, Marta é a jogadora com mais prêmios de melhor do mundo do futebol menino (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2018).
Também é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira, com 114 gols e da história da Copa do Mundo, com 17 gols. Ambas marcas considerando homens e mulheres. Fora tudo isso, ainda possui títulos como: Libertadores, Champions League e duas medalhas de prata nas Olimpíadas.
Sissi
Sissi é apontada como uma das pioneiras do futebol feminino brasileiro, tendo participado das copas de 1995 e 1999 e das Olimpíadas de 1996 e 2000, comandando a Seleção Brasileira Feminina. Por essas e outras, é a inspiração e referência da rainha Marta.
Projeção para o futebol feminino
Depois de tudo que vimos por aqui, deu para perceber que o futebol feminino está crescendo cada vez mais, tendo mais torcida, conseguindo maiores investimentos e, consequentemente, arrecadando mais.
Portanto, o futuro é otimista, mas a luta ainda continua. Sendo assim, é fundamental o público apoiar o esporte, torcendo, assistindo aos jogos e estando conectados e por dentro de tudo que envolva o futebol feminino.
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