Como surgiram os rituais de Réveillon
31 de dezembro, véspera do Ano-Novo, também conhecida como Réveillon, é a data de um dos eventos mais esperados por quem adora uma festa. A data, celebrada em todo o mundo de diversas formas e de acordo com a cultura local, é sinônimo de uma comemoração alegre, leve, cheia de cores e sabores.
A celebração remete à ideia de agradecimento, diversão e folia. O Réveillon conta com diferentes rituais, mas alguns já se tornaram tradição, como a queima de fogos de artifício, os brindes com champanhe, muita música, abraços, entre outras demonstrações.
Algumas pessoas gostam de passar o Réveillon em casa com familiares; já outras preferem ir a festas, praias, parques ou lotar avenidas. Em algumas cidades, a comemoração da virada é realizada em pontos turísticos, como a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. A contagem regressiva é tradicional na comemoração da maioria dos países. Quando ocorre a virada do ano, as pessoas ficam tão felizes a ponto abraçarem umas às outras, mesmo que sejam desconhecidas. Em síntese, a esperança de um novo ano melhor e mais frutífero preenche a mente de quem está celebrando o Réveillon.
História do Réveillon
Por que a véspera do Ano-Novo é chamada de Réveillon? Essa palavra tem origem na língua francesa e faz referência à ideia de "despertar", "acordar" e "reanimar".
Então, imagine lá nos tempos antigos, quando as pessoas ainda não tinham calendários digitais. Elas olhavam para o céu e decidiam: "Bom, o sol tá fazendo suas coisas de novo, deve ser hora de começar outro ano!"
Esses significados relacionam-se com a virada do ano, uma vez que, além de ser um período de festa, é um momento de reflexões, de análises, de encerrar ciclos e de tomar novas decisões e estabelecer metas.
A galera das plantações também entrava na parada, porque, claro, o Ano Novo tinha que ser quando dava para começar a plantar umas coisinhas novas. Eles faziam uns rituais para garantir que as plantas crescessem felizes e fortes.
E o que a história tem a contar sobre o Réveillon? Pesquisas indicam que os povos da Mesopotâmia já celebravam o Ano-Novo em 2000 a.C. A comemoração ocorria conforme as fases da Lua ou a mudança das estações.
A religião também se metia no assunto, com celebrações cheias de reflexões e arrependimentos. Os judeus têm o Rosh Hashaná, que é como o Ano Novo com um toque espiritual. E na China, eles botam os deuses no meio do rolo todo com o Ano Novo chinês.
Para outros povos, como os egípcios e os fenícios, o Ano-Novo começava em setembro. Outro exemplo foram os gregos, que faziam a comemoração nos dias 21 ou 22 de dezembro.
O Réveillon somente começou a ser celebrado na madrugada do dia 1º de janeiro a partir do final do ano de 1500, mediante a introdução do calendário gregoriano no Ocidente.
Curiosidade: a virada do ano ocorre primeiramente na ilha de Kiritimati, na República do Kiribati, situada no oceano Pacífico. A festa começa 16 horas antes do horário de Brasília. Uma hora depois, começa a festa em Auckland, na Nova Zelândia.
Réveillon em outras datas
Alguns países, em especial os de cultura oriental, não celebram o Ano-Novo no dia 1º de janeiro. A China, por exemplo, faz a festa no final de fevereiro e início de março, pendurando as tradicionais lanternas vermelhas na rua.
O Japão tem um Réveillon bem particular, com festividades que começam no dia 1º de janeiro e duram por mais dias, em algumas regiões, até meados do mês. Em vez de fogos de artifícios, os japoneses adotam badaladas de sino.
Outro exemplo é a comunidade judaica, que conta com calendário próprio, e, por isso, o Ano-Novo é festejado de meados de setembro a início de outubro, o Rosh Hashaná. Há, ainda, os islâmicos, cuja virada do ano acontece em dias diferentes em relação ao nosso calendário. Para eles o Ano-Novo é momento de oração e reflexão, não de comemoração.
Tradições do Réveillon
Ao longo dos anos, os povos estabeleceram tradições, costumes e rituais específicos para cumprir no Ano-Novo. Há casos, inclusive, de superstições.
Confira algumas tradições de Ano-Novo:
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Pular sete ondas no mar e, a cada onda, fazer um agradecimento;
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Beber uma taça de champanhe no primeiro minuto do ano para atrair prosperidade;
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Levar oferendas a Iemanjá, como rosas brancas, espelhos e colares, para ter proteção e paz;
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Usar roupa branca (denota paz) ou roupa nova, o que significa "um novo começo";
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Usar peças íntimas de uma determinada cor. Por exemplo, amarelo (dinheiro), vermelho (paixão), rosa (amor), verde (esperança) etc.;
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Comer lentilha para o Ano-Novo trazer sorte e energia positiva;
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Comer sete sementes de romã ou 12 uvas. Guardar as sementes na carteira para trazer abundância;
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Evitar comer aves que ciscam para trás, como peru e frango, para não ter má sorte.
Ah, e não podiam faltar as superstições, né? As pessoas achavam que se fizessem barulho alto com fogos de artifício, isso afastaria a má sorte. Queriam começar o ano novo sem nenhuma zica, claro!
E, é claro, as festas! O Ano Novo sempre foi uma desculpa para festar. Amigos, família, comida boa e muita bagunça para dar as boas-vindas ao novo ano.
Então é isso, o Ano Novo é uma mistura maluca de astrologia, plantações, rezas, superstições e festança. Uma tradição que gruda na gente até hoje, só que agora com mais luzinhas e fogos de artifício! ????