Fala, Mangueira: Conheça a história do berço do samba

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Postagem: 11/09/2023

Fala, Mangueira: Conheça a história do berço do samba
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Ei, você conhece a história da Mangueira? No país que é casa do melhor Carnaval, é importante sabermos a trajetória de uma das maiores escolas de samba do país.

 

 

Então, vamos embarcar nessa aventura juntos, quase como se estivéssemos dividindo uma história em volta de uma mesa de bar, com um ritmo de samba ao fundo. Estamos falando do lendário Carnaval brasileiro e o semideus da festa —  a inigualável Escola de Samba da Mangueira.

 

O Morro da Mangueira



Primeiro, voltemos no tempo para a origem de tudo isso. Lá no século XIX, o Morro da Mangueira era uma pintura viva de verde com suas florestas densas e árvores majestosas. 

 

 

Em 1861, o serviço ferroviário local estabeleceu uma estação que foi batizada carinhosamente de "Mangueira", ponto de espera entre São Cristóvão e São Francisco Xavier. 

 

 

Essa região cantava histórias de liberdade, servindo de refúgio para pessoas recém-alforriadas, seus descendentes e famílias expulsas do centro da cidade no processo de reurbanização. Aqui, a cultura africana florescia sem medo, por meio de cerimônias religiosas, melodias envolventes e o som contagiante das batucadas —  o berço esplendoroso do samba.

 

 

 

Estação Primeira de Mangueira

 

 

Nesse cenário pulsante, nasceu a Estação Primeira de Mangueira. Em 28 de abril de 1928, reuniram-se Angenor de Oliveira (Cartola), Saturnino Gonçalves (Seu Saturnino), Abelardo da Bolinha, Carlos Moreira de Castro (Carlos Cachaça), José Gomes da Costa (Zé Espinguela), Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides), Marcelino José Claudino (Seu Maçu) e Pedro Paquetá e fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Essa majestosa obra foi pioneira em vários aspectos, trazendo novidades que foram se tornando referências no Carnaval carioca.

 

 

Além de encantar o público com suas exuberantes fantasias e sambas envolventes, a Mangueira trouxe inovações que revolucionaram o mundo do Carnaval. A escola foi uma das primeiras a ter mulheres compondo na ala dos compositores, mostrando que a criatividade e o talento não têm gênero.

 

 

Outra mudança marcante foi a introdução da bateria ao som da marcação única do surdo de primeira, criando um ritmo único e vibrante que reverbera nas arquibancadas e conquistava os corações dos espectadores.

 

 

E para abrilhantar ainda mais seus desfiles, a Estação Primeira de Mangueira trouxe os indispensáveis mestre-sala e porta-bandeira, casal emblemático que representa toda a elegância e tradição do samba. Com todas essas inovações e tradições, a Mangueira se consagrou como uma das principais escolas de samba do Rio de Janeiro e continua encantando o público com suas performances marcantes e históricas no Sambódromo.

 

 

A casa de Cartola

 

 

Cartola, o maior sambista da história e um dos fundadores da Mangueira, tinha uma casa no Morro da Mangueira que se tornou um local de encontro para músicos e compositores. 

 

Sim, a casa do autor de “O mundo é um moinho” — trilha sonora das nossas crises existenciais — foi o ambiente onde muitas das composições memoráveis da Mangueira foram criadas.

 

 

Cores e símbolos

 

Os símbolos da Mangueira falam por si só —  verde e rosa vibrantes se destacam, enquanto as gloriosas 20 estrelas de campeã brilham orgulhosas. Ah! E aquele título de 2019? Que enredo sensacional, relembrando a "História pra ninar gente grande", exaltando lideranças populares negligenciadas pela narrativa oficial e desconstruindo a imagem de figuras apontadas como "heróicas", foi a história sendo reescrita diante dos nossos olhos. 

 

 

O samba e a ação social

 

E o samba? Ah, não é apenas ritmo, mas um motor social. A escola se destaca pelos inúmeros programas sociais que oferece — oportunidades de aprendizado e profissionalização para todas as idades. A atual presidente, Guanayra Firmino, a segunda mulher à frente da agremiação, gosta de lembrar disso.

 

 

A música também tece sonhos de transformação. De oito amigos apaixonados às dez mil vidas tocadas diariamente pelos projetos sociais da Mangueira. De uma criança nascida na comunidade a um adulto formado na universidade — tudo se embrenha nas melodias do samba que brotam do Morro da Mangueira.

 

Conclusão

 

De uma reunião de oito amigos que queriam ser vistos, ouvidos e representados, surgiu uma das maiores potências do nosso país. 

 

Por isso, nós da Dry Telecom, em parceria com a Escola Mangueira, temos o compromisso de potencializar mais vozes.

 

Quer fazer parte dessa revolução? Vem para a Fala Mangueira!