Grace Hopper: A mulher que mudou o mundo da computação
Imagina uma época em que os computadores eram gigantes, ocupavam salas inteiras e falavam uma linguagem que só os especialistas entendiam. Foi nesse mundo que Grace Hopper, uma mulher incrível, começou a brilhar!
O começo de tudo
No universo acadêmico animado do Vassar College, Grace Hopper desbravou os desafios da matemática e física, graduando-se com apenas 17 anos em 1928. Seu amor pela lógica a impulsionou a conquistar um doutorado em matemática na renomada Universidade Yale em 1934.
Mas ela não se limitou às salas de aula! Nos anos 40, quando o mundo estava em guerra, Grace Hopper começou sua jornada na Marinha dos Estados Unidos. E lá, em meio aos zumbidos e cliques das primeiras máquinas de calcular, ela descobriu sua paixão pela computação. Trabalhando com os enormes Mark I's, ela aprendeu a linguagem dos computadores e desvendou seus segredos.
A programação com o compilador
Grace não parou por aí! Em 1949, Grace Hopper mergulhou de cabeça no universo inovador da Eckert-Mauchly Computer Corporation. Lá, sua mente brilhante começou a moldar o futuro da computação.
Imagine isso: Hopper foi a mente por trás do UNIVAC I, o primeiro computador a ser vendido em grande escala no mercado. Sua genialidade não parou por aí. Em 1952, ela deu vida ao A-0, o pioneiro compilador. Imagina traduzir nossa linguagem humana para a linguagem dos computadores de forma fácil? Foi isso que ela fez! Criou uma ponte entre nós e as máquinas, tornando a programação mais acessível.
COBOL - A linguagem que mudou o mundo dos negócios
Diante dos desafios dos usuários do UNIVAC I, que muitas vezes não entendiam as complexas notações matemáticas, ela decidiu simplificar tudo.
Em 1953, teve uma ideia brilhante: criar uma linguagem de programação que falasse a língua do povo, usando palavras em inglês para representar problemas de processamento de dados. Mesmo quando a empresa relutou, ela e sua equipe persistiram, apresentando um protótipo em 1955.
Em 1958, o mundo conheceu a FLOW-MATIC, uma linguagem que traduzia problemas computacionais para o inglês claro e compreensível. Mas a verdadeira revolução veio em 1959, quando Hopper e outros gênios da computação se reuniram para criar algo ainda mais universal.
O resultado? O COBOL, uma linguagem comum orientada para negócios, baseada na FLOW-MATIC. Até hoje, o COBOL é uma parte essencial de inúmeras aplicações, especialmente em sistemas que ainda não foram migrados para linguagens mais modernas. Graças a Grace Hopper, a linguagem dos computadores se tornou mais acessível para todos!
O legado de Grace Hopper
Mas a história de Grace Hopper não é apenas sobre máquinas e códigos. Ela também foi uma defensora fervorosa das mulheres na tecnologia. Desafiando estereótipos e quebrando barreiras, ela mostrou ao mundo que as mulheres podiam brilhar tanto quanto os homens na ciência da computação.
Após sua aposentadoria brilhante da Marinha em 1986, onde alcançou o posto de Contra-Almirante, Grace Hopper não desacelerou. A celebração ocorreu a bordo da lendária fragata USS Constitution, em Boston, onde ela foi honrada com a Medalha de Serviço Distinto da Defesa.
Mesmo aposentada, seu espírito incansável continuou a brilhar. Hopper se tornou consultora de uma empresa de computação, representando a companhia em fóruns, comitês e eventos. Incrivelmente, ela permaneceu nesse papel dinâmico até seus impressionantes 85 anos, quando nos deixou devido a causas naturais.
O legado de Grace Hopper vive não apenas na história dos computadores, mas também nas honras póstumas que recebeu. Seu nome foi inscrito no prestigiado Hall da Fama das Mulheres dos EUA, um navio de guerra foi batizado em sua homenagem (USS Hopper) e, em um momento especialmente emocionante, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade do ex-presidente Barack Obama em 2016.
Essa incrível mulher não apenas quebrou barreiras, ela as desintegrou, deixando um rastro de inspiração para as gerações futuras.
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre essa incrível mulher. Fiquem ligados para mais histórias da série #TechGirl aqui no blog da Dry Telecom!
Até a próxima!