Tech Girl: Hedy Lamarr, a mãe da tecnologia mobile

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Dry Telecom

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Postagem: 27/09/2023

Tech Girl: Hedy Lamarr, a mãe da tecnologia mobile
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Fala, DryLovers!

 

Sejam bem-vindos ao primeiro artigo da nossa editoria "Girl Tech". Hoje, vamos falar sobre uma verdadeira lenda que quebrou barreiras em Hollywood e na indústria da tecnologia. 



Estamos falando de ninguém menos do que Hedy Lamarr, uma mulher que provou que a beleza e a inteligência podem andar de mãos dadas. Vamos nessa?



A beleza Hollywoodiana que desafiou a sociedade

 

Hedy Lamarr, uma atriz de beleza estonteante, não apenas conquistou as telas de cinema nas décadas de 1930 e 1940, mas também deslumbrou o mundo com sua inteligência brilhante que estava muito à frente de seu tempo.

 

Nascida na Áustria em 1914, Hedy Lamarr teve uma infância marcada por uma curiosidade insaciável e um amor pela aprendizagem. Desde cedo, mostrou interesse em explorar o mundo da ciência e da tecnologia, uma paixão que a acompanharia ao longo de sua vida.

 

Sua ascensão ao estrelato de Hollywood foi meteórica. Com sua beleza cativante e talento inegável, ela logo se destacou em filmes icônicos como "Argila" (1933) e "Sansão e Dalila" (1949), conquistando o coração de espectadores em todo o mundo. No entanto, Hedy era muito mais do que uma atriz glamourosa nas telas de prata.

 

Fugindo do casamento e dos fascistas

 

A história de Hedy Lamarr é verdadeiramente fascinante e digna de um roteiro de filme de espionagem. Ela era uma atriz renomada na Áustria e Alemanha, com uma base de fãs considerável. 

 

No entanto, sua vida tomou um rumo inesperado quando se casou com Friedrich Mandl, um homem influente que possuía uma fábrica de armas e munições. Mandl, por sua vez, estabeleceu relações com figuras como Benito Mussolini, o fundador do fascismo, e Adolf Hitler, líder do nazismo.

 

Mandi era um homem controlador e não permitiu que Hedy Lamarr continuasse a atuar. Além disso, a proibia que saísse de casa sozinha.

 

Essa vida sufocante fez com que Hedy começasse a organizar a sua fuga para os EUA. A fuga de Hedy Lamaar é digna de um filme: como ela não podia ficar sozinha, resolve contratar uma mulher com aspecto físico muito semelhante ao seu e que trabalharia como sua cuidadora.

 

Em uma noite, durante um jantar, Hedy simulou um mal-estar e convidou sua sósia para tomar um chá digestivo. No entanto, o chá da sósia continha um sonífero. A atriz vestiu as roupas da mulher e saiu silenciosamente com o carro, sem levantar suspeitas.

 

Hedy dirigiu até a França e, a partir daí, atravessou o Canal da Mancha até chegar a Londres. Graças às informações que havia adquirido durante as reuniões de seu marido com líderes do nazismo e do fascismo, Hedy estava ciente das intenções expansionistas de Hitler. Como judia, ela sabia que a situação se tornaria perigosa para ela, sua família e outros judeus.

 

Finalmente, Hedy conseguiu chegar aos Estados Unidos, onde adotou o nome que a tornaria famosa: "Hedy Lamarr".

 

 Além de uma renomada atriz, ela se tornou uma heroína da vida real, contribuindo com informações valiosas que beneficiaram os países aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Sua história é de tirar o fôlego, repleta de reviravoltas e coragem.

 

A invenção do Wi-Fi   

 

A carreira de Hedy Lamarr despontaria rapidamente nos EUA e, assim que chegou no país, foi apresentada a Louis B. Meyer, chefe dos estúdios MGM e, na época, um dos homens mais influentes.

 

Nos anos 1940, Lamarr já era uma atriz de fama internacional, porém, a situação na Europa se degradava com o avanço do nazismo e do fascismo e ela temia pelo futuro de sua família, que agora não contava mais com a proteção de Mendi, pois, mesmo mantendo negócios com os nazistas, ele tinha ascendência judaica e não se sentia mais seguro e, por causa disso, foge para o Brasil.  

 

O tempo em que passou com o marido Mendi foi suficiente para ela entender que os torpedos eram os armamentos que tinham os maiores problemas, pois, eram suscetíveis à interferência do sinal por navios inimigos.

 

Existem várias versões para o momento exato em que Hedy teve a ideia de criar um aparelho de frequência, a mais aceita é essa: durante um jantar quando, junto com o compositor George Antheil, Lamarr faz duetos ao piano e teria sido nesse momento que a ideia de rádio frequência teria surgido.

 

Na ocasião, Lamarr e Antheil brincavam de dueto, ela repetia em outra escala as notas que ele tocava no piano, experimentando o controle dos instrumentos e, partir dessa brincadeira, ela pensa: duas pessoas podem conversar entre si mudando frequentemente o canal de comunicação desde que isso seja feito de maneira simultânea.

 

Ou seja, se o marinheiro e o torpedo constantemente pulassem de uma frequência de rádio para outra, assim como eles fizeram no piano, a comunicação se tornaria impossível de ser obstruída.

 

Lamarr e Antheil trabalharam meses no projeto e, em outubro de 1940, chegaram ao sistema de alternância de sinal de rádio para ser usado em torpedos e despistar radares nazistas.

 

Em 1941, Lamarr e Antheil submeteram o projeto ao Departamento de Guerra norte-americano, que o recusou em junho de 1941. Porém, com a entrada dos EUA na guerra, os torpedos americanos se revelaram um fracasso justamente por causa da imprecisão, ainda assim, a ideia deles não foi aplicada.

 

O aparelho de frequência criado por Hedy Lamarr serviu de base para a criação da tecnologia usada em conexões Wi-Fi e CDMA, usada em telefones celulares. Por causa disso, Lamarr é considerada a inventora do Wi-Fi e do celular.



O legado de Hedy Lamarr na tecnologia moderna



Embora sua invenção tenha sido inicialmente subestimada, Hedy Lamarr finalmente recebeu o reconhecimento que merecia décadas depois. Seu trabalho inovador na área de comunicações secretas e espalhamento espectral foi fundamental para o desenvolvimento de tecnologias que usamos em nosso dia a dia, como smartphones, dispositivos IoT e conexões Wi-Fi.



Hedy Lamarr não só quebrou estereótipos como também deixou um legado duradouro na interseção entre beleza e inteligência. Sua história nos lembra que as mulheres têm um papel fundamental na evolução tecnológica e que devemos celebrar suas conquistas e contribuições.

 

Conclusão



Hedy Lamarr é uma inspiração para todos nós. Sua jornada da tela de cinema para o mundo da tecnologia é um lembrete poderoso de que as mulheres têm o poder de moldar o futuro, independentemente das expectativas sociais. Ela nos ensina que não devemos julgar um livro pela capa e que a verdadeira beleza está na mente criativa e inovadora.



Esperamos que esta história de Hedy Lamarr tenha iluminado seu dia e mostrado como as mulheres podem brilhar em qualquer campo, inclusive na tecnologia. Fique ligado para mais histórias inspiradoras de mulheres que estão fazendo a diferença no mundo da tecnologia. 



Na Dry Telecom, compartilhamos o espírito de figuras visionárias como Hedy Lamarr. Nossas fundadoras, Jessie Morais e Tatiane Perez, são verdadeiras pioneiras no cenário polarizado das telecomunicações. Agora só falta vocês, vão embarcar nessa revolução conosco?



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